A Procuradoria-Geral da República afirmou que uma operação de busca na pasta poderia comprometer informações “sensíveis e sigilosas”
A CPI da Covid-19 pediu que a Polícia Federal (PF) realizasse buscas também no Ministério da Saúde durante a operação que teve como alvo a Precisa Medicamentos, nesta sexta-feira (16/9). A decisão final, no entanto, foi da Procuradoria-Geral da República (PGR), que opinou contra a solicitação da comissão.
A operação apura informações sobre o contrato entre a Precisa e a empresa indiana Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados ao acordo.
O objetivo das buscas no Ministério da Saúde, segundo informações do G1, era obter documentos do departamento de Logística da pasta. Em junho, o ex-diretor da área, Roberto Ferreira Dias, foi exonerado após ser acusado de cobrar propina para a compra de vacina contra Covid-19.
A PGR, no entanto, acredita que a investigação no ministério poderia comprometer informações “sensíveis e sigilosas, que não dizem respeito ao objeto da CPI”.
Buscas na Precisa
A Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta sexta-feira (17/9), operação de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos, empresa investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19.
Os mandados são cumpridos em Barueri e em Itapevi, no estado de São Paulo.
A operação apura informações sobre o contrato entre a Precisa e a empresa indiana Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados ao acordo.
“A CPI buscou, de todas as formas, a obtenção dessas informações junto à empresa e ao Ministério da Saúde, não obtendo êxito. Devido a isso, fez-se necessária a utilização deste instrumento judicial”, informou a cúpula da comissão, em nota.
A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli. (Metrópoles)