Aprovado para o Supremo foi ao Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira (2/12) e se disse “muito feliz” pelo resultado da votação
Hugo Barreto/Metrópoles
Um dia após ter a indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) aprovada pelo Senado, André Mendonça foi ao Palácio do Planalto para “dar um abraço no presidente”. Jair Bolsonaro, porém, cumpre agenda no Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (2/12). Questionado pela reportagem se já conversou com o chefe do Executivo federal sobre o resultado, Mendonça disse ter falado com o presidente por telefone na noite de quarta-feira (1º/12).
Mendonça disse que ainda não foi informada data para a posse, mas espera que ocorra ainda este ano. Ele afirmou ter conversado com o presidente da Corte, Luiz Fux, para que a cerimônia ocorra ainda em 2021. “Ontem, eu falei com o presidente Fux. A expectativa é este ano ainda”, afirmou.
Ao chegar ao Planalto, o novo ministro foi questionado sobre o resultado da votação e se disse “muito feliz”. O advogado foi sabatinado por oito horas pela CCJ. O colegiado aprovou seu nomepor 18 votos a 9. No plenário, o placar foi de 47 votos a favor e 32 contra. “Sabia que ia ser difícil, mas que íamos vencer”, afirmou ele nesta quinta.
Ex-Advogado-Geral da União (AGU) e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, Mendonça foi indicado ao Supremo em 13 de julho deste ano, após a aposentadoria de Marco Aurélio Mello. A resistência de setores do Senado a seu nome, liderada por Davi Alcolumbre, deixou o STF desfalcado nos julgamentos até hoje. A marcação de sua sabatina demorou quatro meses e meia para ocorrer.
Mendonça ficará no STF até 2047, quando completará 75 anos e terá que compulsoriamente deixar o tribunal.
Hoje com 48 anos, Mendonça completa 49 em 27 de dezembro. Se de fato tomar posse no dia 16, como planeja Luiz Fux, terá 26 anos no tribunal. Será presidente da corte após Kassio Nunes Marques, ministro que agora deixa de ser o mais recente.