Miguel Lucena
Salvo os militantes radicalmente ideológicos, o que reina na política é o pragmatismo: as pessoas se adaptam a qualquer governo ou situação política, desde que levem alguma vantagem.
Outros até desenvolvem a Síndrome de Mephisto, que consiste em abrir mão de suas convicções para subir na carreira.
Entende-se a luta pela sobrevivência das pessoas comuns, que fazem de tudo para levar comida para a família, porém quem controla as rédeas do poder e leva as vantagens gordas são os mesmos de sempre, estejam no exercício do governo a esquerda, o centro ou a direita.
No Distrito Federal, parece que a coisa ainda é pior: de Roriz para cá, pouca coisa mudou no ramo da política e dos negócios, intimamente relacionados. Aqui ou acolá, uma pessoa ou outra consegue algum espaço, mas esses grupos se unem sempre para destruir quem não rezar na cartilha do esquema.
Todos se comunicam, se encontram, confabulam, brigam, fazem as pazes, fofocam e fecham negócios.
É só ver onde estão personalidades políticas que até ontem integravam governos ditos socialistas. Aliás, os lobistas continuam os mesmos, cada vez mais gordos e cercados das mesmas moças bonitas.