O índice fechou 2021 em 10,42%, maior acumulado no ano, no mês de dezembro, desde 2015. Em dezembro de 2020, o IPCA-15 foi de 1,06%
Michael Melo/Metrópoles
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também conhecido como a “prévia da inflação” foi a 0,78% em dezembro. O percentual é 0,39 abaixo da taxa de novembro, que foi de 1,17%, a maior desde 2002, quando chegou a 2,08%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (23/12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE).
O índice fechou 2021 em 10,42%, maior acumulado no ano, no mês de dezembro, desde 2015. Em dezembro de 2020, o IPCA-15 foi de 1,06%. O IPCA-E, que se constitui no IPCA-15 acumulado trimestralmente, ficou em 3,18% para o período de outubro a dezembro.
Segundo o IBGE, dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram alta no mês atual. Apenas os grupos de Saúde e Cuidados Pessoais e Educação não registraram aumento no mês.
Já no aspecto de maiores impactos e variações esteve o setor de Transportes, que encerrou o ano com alta acumulada de 21,35%. Na sequência, vieram:
- Habitação, com alta de 0,90%
- Alimentação e bebidas, com alta de 0,35%
- Comunicação, com alta de 0,15%, e;
- Artigos de residência, com alta de 1,19%
Veja os aumentos, de acordo com os respectivos setores:
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de novembro a 13 de dezembro de 2021 e comparados com aqueles vigentes de 14 de outubro a 12 de novembro de 2021.
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.