Inflação do mês foi puxada, principalmente, por reajuste de medicamentos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,31% em abril, informou, nesta terça-feira (11/5), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na prática, isso significa que os preços subiram no último mês, mas menos do que se comparado a março, quando a inflação foi de 0,93%.
O índice acumula alta de 2,37% no ano e de 6,76% nos últimos 12 meses — com isso, segue acima do teto da meta da inflação estabelecido pelo Banco Central (BC), ultrapassado em março.
O IPCA de abril foi pressionado sobretudo pela alta nos preços dos produtos farmacêuticos. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) autorizou, a partir de 1º de abril, que os remédios sejam reajustados em até 10,08%.
A maior variação nos produtos farmacêuticos, segundo o IBGE, veio dos remédios anti-infecciosos e antibióticos (5,20%).
“Além disso, houve alta também nos produtos de higiene pessoal (0,99%), como perfumes (3,67%), artigos de maquiagem (3,07%), papel higiênico (2,90%) e produtos para cabelo (1,21%)”, completou o instituto.
Por outro lado, após 10 meses consecutivos de alta, a gasolina recuou 0,44% em abril. Mas a queda mais intensa no grupo veio do etanol (-4,93%). O grupo dos transportes variou -0,08% no mês.
“Houve uma sequência de reajustes entre fevereiro e março na gasolina. Mas no fim do mês houve duas reduções no preço desse produto nas refinarias. Isso acaba chegando ao consumidor final”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.