Polícia Federal também apura corrupção passiva, sonegação fiscal e outros possíveis crimes contra a administração pública
A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (22/1), a Operação Gravame. A ação apura suposto crime de lavagem de dinheiro cometido por um servidor público lotado no Ministério da Infraestrutura e por terceiros a ele associados. A PF também investiga corrupção passiva, sonegação fiscal e outros possíveis crimes contra a administração pública.
São cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, além do bloqueio de contas bancárias, veículos e imóveis dos investigados em Brasília e na Cidade Ocidental (GO). As medidas judiciais foram expedidas pela 12 ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal. A Justiça Federal também determinou o afastamento preventivo do servidor público suspeito das funções pelo prazo inicial de 30 dias.
Segundo a PF, as diligências foram iniciadas no ano passado, a partir de levantamentos feitos pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Subsecretaria de Conformidade e Integridade (SCI) do Ministério da Infraestrutura. As apurações mostram que o suspeito apresentou crescimento patrimonial e gastos incompatíveis com a renda.
Os dados e informações obtidos também apontam para a possível utilização de parentes na lavagem de ativos, assim como a construção de uma casa de luxo e aquisição de veículos com os valores não declarados.
Ministério
Por meio de nota, o Ministério da Infraestrutura esclareceu que foi o responsável por iniciar as investigações. Detalhou que o órgão tem um programa de integridade desde 2019, o Radar Anticorrupção. O programa já apurou quase 300 denúncias só no ano passado.
As investigações iniciais levantadas pela subsecretaria da pasta demonstraram que o servidor suspeito apresentou crescimento patrimonial e realização de gastos incompatíveis com sua renda.
O programa de integridade é coordenado pela subsecretária de Governança e Integridade do MInfra, Fernanda Costa de Oliveira – que também é delegada da Polícia Federal .
Durante o ano do 2020, o programa Radar Anticorrupção apurou um total de 272 denúncias, das quais 85 foram encaminhadas, sendo 52 à Polícia Federal, 11 à Controladoria Geral da União (CGU) e cinco ao Ministério Público Federal. O restante das denúncias foi encaminhado à AGU (Advocacia Geral da União), Receita Federal, Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público Estadual e Ouvidoria. Além disso, 568 análises de integridade foram realizadas.