Miguel Lucena
A relação política não envolve apenas interesses. Em toda jornada política, formam-se, também, sentimentos de afeição. Por isso, ela exige do líder muito cuidado para não ferir as pessoas com decisões abruptas e obscuras.
Até nas relações virtuais, exige-se clareza na hora de romper laços afetivos criados. Há notícias de pessoas que adoeceram severamente porque o interlocutor as bloqueou ou as deixou no vácuo, sem nenhuma explicação.
Nem na atividade profissional se deve deixar alguém sem resposta, mesmo para dizer não.
Tenho ouvido muitas reclamações sentidas de pessoas que se engajaram em determinada campanha e não conseguiram mais falar com o candidato. “Até para mandar a gente se lascar!”, confidenciou-me uma amiga.
Política boa é como um namoro: não quer mais, diga, não se esconda nem se acovarde, perdendo ou ganhando.