Miguel Lucena
Há pessoas vestindo a carapuça diante de algumas manifestações minhas em artigos e redes sociais. E, para desvalorizar meus posicionamentos, alegam que eu tenho interesses eleitorais.
Não serei candidato a nada. Não sou profissional de política. Fui uma vez, não deu certo, caí fora. Posso até, após me aposentar, pois já estou em abono de permanência, fazer assessoria de comunicação ou advocacia eleitoral, mas não vou ficar insistindo em algo que deu errado.
Há um jogo sujo em curso para que os policiais civis do Distrito Federal não consigam ganhar nem um mísero reajuste de 300 reais no auxílio-alimentação ou recebam um auxílio-uniforme de 230 reais por mês, coisas que outras forças de segurança recebem a vida inteira.
O policial civil não tem seguro de vida, plano de saúde, hospital institucional e escola militar para os filhos, assim como não recebe nenhum centavo para comprar os uniformes que usa nos plantões e operações policiais.
Ainda aparece um pessoal de sangue ruim para ironizar o pretendido auxílio-uniforme, dizendo que é para comprar tênis e calças jeans. Só faltou dizer que, se for a mãe, o auxílio será para comprar uma calçola de botão.
Há os que procuram atrapalhar, querendo estender as reivindicações para todos os servidores. Sugiro a essas pessoas que escalem os demais barnabés para as operações nas madrugadas, para enfrentar o PCC e o Comando Vermelho, coisa só a PCDF faz.
A inveja não leva a lugar nenhum. Não deixem a PCDF perecer. Nos lugares onde a polícia investigativa é desvalorizada, os criminosos, incluindo as milícias, tomam conta, isolam áreas inteiras, impõem a lei do mais forte e subjugam a população.
Se não abrirem o olho, o Distrito Federal descambará para o pior.