Decisão foi proferida em processo referente ao assassinato de Genir Pereira de Sousa. Segundo juiz, razões que levaram à prisão dele ‘permanecem inalteradas, não havendo que se falar, por ora, na revogação da medida’.
A Justiça do Distrito Federal manteve a prisão do cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, apontado como “maníaco em série” pela polícia e já condenado por dois feminicídios e por abusos sexuais na capital (relembre abaixo).
A decisão, do juiz Taciano Vogado Rodrigues Júnior, foi proferida no processo sobre a morte de Genir Pereira de Sousa, em junho de 2019. O magistrado afirma que as razões que levaram à prisão de Marinésio “permanecem inalteradas, não havendo que se falar, por ora, na revogação da medida”.
“A prisão foi decretada visando resguardar a ordem pública, tendo em vista a gravidade concreta do fato em questão, somada à periculosidade extrema aparentemente demonstrada pelo acusado em seu modo de agir, e diante do elevado risco de reiteração delitiva”, afirma na decisão.
O juiz reavaliou a necessidade de detenção de Marinésio por conta de uma norma, que prevê que prisões preventivas sejam reanalisadas a cada 90 dias. Apesar de já haver outras condenações contra ele, no processo sobre a morte de Genir, o cozinheiro ainda não foi levado a júri popular.
Assassinato de Genir
Marinésio confessou o assassinato de Genir Pereira, de 47 anos. Segundo a Polícia Civil, ele fingiu ser motorista de transporte pirata e atacou a empregada doméstica. A vítima desapareceu depois de sair do trabalho, no Paranoá.
A dona da casa onde Genir trabalhava foi quem comunicou o sumiço à polícia. Segundo a empresária, em 15 anos de trabalho, ela nunca havia faltado sem avisar.
O corpo de Genir foi localizado em uma região entre Planaltina e o Paranoá no dia 12 de julho, dez dias após seu desaparecimento. Pelo crime, o Ministério Público do DF (MPDFT) denunciou Marinésio por homicídio quintuplamente qualificado.
Marinésio Olinto foi preso depois do assassinato da funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Curado, em agosto de 2019, dois meses após a morte de Genir. Após a descoberta dos casos, ele foi ligado a uma série de crimes sexuais, envolvendo 11 vítimas.
Ele já foi condenado pela morte de Letícia Curado mas, em dezembro do ano passado, a Justiça reduziu a pena, de 37 anos, para 34 anos, sete meses e 15 dias de reclusão. O cozinheiro também foi sentenciado a 10 anos de prisão pelo estupro de uma adolescente de 17 anos, e por importunação sexual contra uma vítima. Em outro caso, foi absolvido.