Ala política tenta oficializar medida ainda nesta semana. Reajuste deve custar entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões aos cofres públicos
A ala política do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender um reajuste linear para todos os servidores federais ainda em 2022. A ideia é que o reajuste seja de 5% para todo o funcionalismo da União.
Segundo cálculos do Palácio do Planalto, o reajuste custaria entre R$ 5 bilhões e R$ 8 bilhões aos cofres públicos, a depender da data de início.
Ao sancionar o Orçamento 2022, em janeiro deste ano, Bolsonaro reservou R$ 1,7 bilhão para reajuste de servidores públicos. Segundo a ala política, esse dinheiro seria usado para conceder o reajuste ao funcionalismo.
A peça orçamentária não definia quais categorias devem ser beneficiadas ou como os recursos devem ser aplicados.
A ideia inicial de Bolsonaro era direcionar os recursos para agentes da Polícia Federal(PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Penitenciário Nacional(Depen).
A equipe econômica, no entanto, sempre se posicionou contra a medida, sob o argumento de que a concessão de reajuste poderia gerar pressões de outros setores do funcionalismo.
O Planalto corre para oficializar a medida ainda nesta semana, uma vez que a legislação eleitoral estabelece que reajustes e aumentos para servidores só podem ser dados até seis meses antes das eleições, ou seja, até o início de abril.
A leitura do comitê de campanha que trabalha pela reeleição de Bolsonaro é que o reajuste fidelizaria os servidores, principalmente, os profissionais da área de segurança pública, que tiveram grande influência na eleição do presidente em 2018.