Nove ministros se desincompatibilizaram dos cargos nesta quinta-feira (31/3) para concorrer em outubro. Saída é determinada por lei
Nove ministros de Estado deixaram nesta quinta-feira (31/3) seus cargos no governo para se candidatar a cargos públicos nas eleições de outubro. A desincompatibilização é exigida por lei, mas os ministros decidiram deixar os postos dois antes do prazo-limite estabelecido pela Justiça Eleitoral (2 de abril).
O presidente Jair Bolsonaro (PL) havia adiantado a estratégia de indicar como substitutos nomes técnicas, em uma chamada “solução caseira” para o resto do ano.
Veja abaixo quem são os substitutos:
- Agricultura — Tereza Cristina será substituída por Marcos Montes, atual secretário-executivo da pasta;
- Desenvolvimento Regional — Rogério Marinho será substituído por Daniel Ferreira, atual secretário-executivo da pasta;
- Cidadania — João Roma será substituído por Ronaldo Bento, atual chefe de Assuntos Estratégicos da pasta;
- Ciência e Tecnologia — Marcos Pontesserá substituído por Paulo Alvim, atual secretário de Empreendedorismo e Inovação;
- Mulher, Família e Direitos Humanos — Damares Alves será substituída por Cristiane Britto, atual secretária nacional de Políticas para Mulheres;
- Infraestrutura — Tarcísio Gomes de Freitas será substituído por Marcelo Sampaio Cunha Filho, atual secretário-executivo da pasta;
- Secretaria de Governo — Flávia Arruda será substituída por Célio Faria Júnior, atual chefe de gabinete do presidente Jair Bolsonaro;
- Trabalho e Previdência — Onyx Lorenzoni será substituído por José Carlos Oliveira, atual presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); e
- Turismo — Gilson Machado será substituído por Carlos Brito, atual presidente da Embratur.
Era esperada também a publicação e saída de Braga Netto do Ministério da Defesa. Porém, o nome dele não está no Diário Oficial. Ele é a opção mais forte para ser candidato à vice-Presidência ao lado de Bolsonaro. Paulo Sérgio Nogueira, atual comandante do Exército, deve ser seu substituto, caso Braga Netto realmente deixe a função atual.
No domingo, o ministro João Roma, pré-candidato ao governo da Bahia, afirmou que Bolsonaro quis dar um caráter técnico às sucessões.
“O presidente Bolsonaro quis dar um caráter bem técnico nessas sucessões, tanto que, de todos os ministros que saíram, todos eles foram na verdade substituídos por pessoas que já estavam na estrutura, então, importante é dar sequência ao trabalho importante, um trabalho que triplicou os recursos de transferência de renda no Brasil, um trabalho que zerou a fila do programa social”, explicou Roma.