Miguel Lucena
O dia hoje amanheceu com um nevoeiro sobre parte de Brasília. No Eixo Monumental, as nuvens baixaram sobre o Palácio do Buriti, a Câmara Legislativa, o Tribunal de Justiça e o Monumento a Juscelino Kubistchek, avançaram sobre o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal e o Palácio do Planalto. Como libélulas, triscaram no Lago Paranoá e assustaram os ricos do Lago Sul.
– É um aviso! – adiantou-se um supersticioso, vendo problemas adiante.
Quem estava em casa lendo as notícias dos sites e jornais teve motivos para achar que as coisas andam mesmo estranhas. Começam com policiais fardados se agarrando com mulheres na saída de uma boate, no Setor de Indústria e Abastecimento, Distrito Federal. A dúvida é se eram do sexo feminino ou travestis, muito comuns naquela área, como o são na famosa Coca-Cola, em Taguatinga Sul.
Na sequência, aparece o Cabo Dacíolo (“Glória a Deuxx”) com uma conversa de que uma entidade do outro mundo revelou que a facada desferida em Bolsonaro, na campanha de 2018, foi uma trama armada pela Maçonaria. Esses maçons seriam os melhores atores ou mágicos do mundo, ao ponto de iludirem a plateia com a faca enfiada até o cabo e o sangue saindo da barriga do candidato, hoje presidente.
Para completar, mais uma mulher famosa vem a público denunciar que foi bolinada sem consentir. Após Duda Martins registrar queixa contra um auditor fiscal do DF, com quem se acordou como veio ao mundo, em um apartamento da orla de Maceió, Alagoas, a cantora Larissa Ferreira, do Mastruz com Leite, revelou que um hóspede de sua casa, também integrante do grupo musical, entrou no quarto dela e do marido e ficou pegando em suas partes e passando a mão dela nas partes dele.
A cantora disse, na Delegacia, que não teve coragem de gritar e denunciar o tarado na hora, para evitar uma tragédia envolvendo seu marido. O abusador ainda ficou uma semana hospedado na casa dela, enquanto ela aguentava a situação tomando remédio controlado. Se fosse na minha terra, em vez de tomar remédio, a vítima tinha era arrancado os possuídos do safado.
A leitura é interrompida pelo entregador de gás, que cobrou R$ 125 pelo bujão.
É muito nevoeiro para uma manhã só!