Miguel Lucena
Quando fomos conferir o boletim final em frente ao Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, em 1994, e percebi que Zezé não gostou de ter ficado em segundo lugar no partido, em sua reeleição para deputada estadual, dizendo que não queria comemoração, eu notei que ela não tinha a dimensão do grande feito que era se eleger por cima de pau e pedra e enfrentando a fúria de Antonio Carlos Magalhães, o avô, com quem havia comprado uma briga feia.
Pouco tempo depois, insatisfeita com os rumos partidários e após descobrir que os “companheiros” eram piores que os adversários declarados, Zezé anunciou que não permaneceria mais na política parlamentar.
Quando assumi cargos importantes no Governo do Distrito Federal e levei um bocado de gente para postos de destaque, eu não tinha dimensão da importância dos espaços oferecidos. Alguns dos que nomeei nunca me agradeceram, teve até um que ficou com raiva e deixou de falar comigo porque eu renunciei à Presidência da Codeplan em outubro e ele achou que foi prejudicado, porque só queria sair em janeiro para receber salário, férias e 13º, tudo junto, e pular carnaval não sei onde. Passou para delegado e vira a cara quando me vê. Ai, meu Deus!
Acompanhando as campanhas e apoiando dois amigos – Alex Carreiro, para Distrital, e Rafael Sampaio, para federal -, só tenho a dizer aos concorrentes que não deixem de comemorar em caso de vitória, pois a luta é árdua e difícil, como difíceis e disputados quase aos tapas são os cargos públicos disponíveis nos governos local e federal.