O índice chegou a 316,4. É o segundo dia consecutivo em que o número fica abaixo de 400
A média móvel de mortes diárias provocadas no Brasil por Covid-19 caiu para 316,4 nesta quarta-feira (13/10) e atingiu o menor nível desde 27 de abril do ano passado, quando foi de 281,1. É o segundo dia consecutivo em que o número fica abaixo de 400.
A forte queda no indicador nos últimos dias se deve, principalmente, ao feriadão de 12 de outubro, que reduziu o número de exames realizados para confirmar casos e falecimentos pela doença. Por isso, osnúmeros precisam ser analisados com cuidado, já que quedas em feriados prolongados podem demonstrar represamento de dados.
Devido a flutuações abruptas nessas datas e ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás. Assim, houve queda de 41,5%, o que indica tendência de queda na quantidade de óbitos.
Nas últimas 24 horas, foram notificadas 176 mortes e 7.852 novos casos da doença. Os dados constam no mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
No total, o Brasil já perdeu 601.574 vidas para o coronavírus e computou 21.597.949 casos de contaminação.
Devido ao tempo de incubação do vírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás.
Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.
Média móvel
Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.
Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa representa a soma das mortes divulgadas em uma semana, dividida por sete.
O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.
Eficácia das vacinas
A redução das taxas de óbito por Covid-19 nos últimos meses comprova: as vacinas são eficazes para frear a disseminação do vírus e evitar hospitalizações e casos graves da doença. Outro índice que respalda o bom funcionamento dos imunizantes é o de internações hospitalares.
Levantamento feito por meio de dados do Ministério da Saúde, mostra que apenas 26% dos pacientes internados com a doença no Brasil entre julho e setembro foram totalmente imunizados – tomaram duas doses ou receberam a aplicação única de vacina.
Três em cada quatro pacientes internados no Brasil com diagnóstico positivo para Covid-19 no período, portanto, não completaram o esquema vacinal, o que é essencial para diminuir as chances de casos da doença evoluírem para a forma mais grave.
Desse total de internações registradas pelo Ministério da Saúde entre julho e setembro, 46,2% são de pacientes que não tinham tomado nenhuma dose da vacina; 25,7% tinham uma dose do imunizante.
Os números são do banco de dados sobre Síndrome de Respiratória Aguda Grave (SRAG), mantido pelo Ministério da Saúde.
Nesse arquivo, estão registradas todas as ocorrências de SRAG. Para a reportagem, foram mantidas apenas as informações relacionadas aos casos confirmados de Covid-19 que levaram à internação.
Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.