Dono de rede de postos de combustíveis, Fillipe Santarém sofreu parada cardiorrespiratória. Duas horas antes do acidente, ele publicou vídeo nas redes sociais pedalando pelas ruas da capital.
Um ciclista de 24 anos morreu, nesta quinta-feira (29), após ser atropelado por um ônibus em Taguatinga, no Distrito Federal. Dono de uma rede de postos de combustíveis, Fillipe Santarém sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente aconteceu no Pistão Sul, próximo a um shopping da região. Militares e socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fizeram manobras de reanimação por 40 minutos, mas a vítima não respondeu.
Duas horas antes do acidente, Fillipe postou um vídeo nas redes sociais andando de bicicleta.
“Pedalar no frio não é bom não, viu? Tá doido. Mas bora bora, foco foco [sic]”, afirmou o jovem.
Ônibus com passageiros
Os bombeiros disseram que o ônibus da Marechal levava passageiros, que não se feriram. O motorista também não se machucou. A corporação não deu detalhes sobre a dinâmica do acidente.
A Marechal lamentou a morte do ciclista, por meio de nota. “A empresa lamenta profundamente pelo acidente que ocorreu na última quinta-feira e se solidariza com familiares e amigos”, disse. O comunicado também cita que a companhia de ônibus vai aguardar a perícia policial.
Teste do bafômetro negativo
Após a constatação do óbito, policiais militares e civis foram chamados para o local da ocorrência. O caso foi registrado na 12ª Delegacia de Polícia, de Taguatinga Centro, como “acidente de trânsito com vítima fatal“.
Segundo a corporação, o motorista do ônibus foi submetido ao teste do etilômetro, que deu resultado negativo para a ingestão de bebida alcoólica.
“A bicicleta envolvida no acidente, após ser periciada no local dos fatos, ficou sob a responsabilidade do genitor [pai] da vítima”, disseram os investigadores. Os policiais também não informaram a dinâmica do atropelamento.
Amigos lamentam morte
Na manhã desta sexta-feira (30), centenas de comentários na publicação do empresário lamentavam a morte dele. “Que Deus te receba de braços abertos, irmão. Você é gigante”, disse um conhecido.
Em outras postagens, colegas de Fillipe afirmavam que “não conseguem acreditar” no que aconteceu. “Vá em paz irmão. Só quem te conhece sabe a humildade e o coração bom que tu tinha”, disse outro amigo.
Mortes no trânsito da capital
Este ano, os motociclistas foram os que mais morreram nas vias do Distrito Federal. Dados do Departamento de Trânsito (Detran) mostram que, de janeiro a maio, foram 19 vítimas na capital.
Em seguida, estão pedestres (17), passageiros (10), demais condutores (10) e ciclistas (3).