Miguel Lucena
Neste período de exacerbação ideológica, ouvi uma pessoa dizer para outra, em um conhecido restaurante de Brasília, que nunca se relacionaria com outra de pensamento político-ideológico antagônico.
– Nunca que eu daria a um bolsominion! – exclamou.
Do outro lado, vi coisas parecidas, umas falas preconceituosas sobre a feminilidade das mulheres e a masculinidade dos homens de esquerda.
Quem fica no centro pensa que leva alguma vantagem, transitando dos dois lados, mas se engana. Hoje em dia, quem fica no meio não pega ninguém e ainda corre o risco de ser comido vivo.