Miguel Lucena
Em 2018, antes da quebradeira provocada pela impugnação “negligente” da nossa chapa de deputados federal e distrital, ouvi de um fornecedor “amigo”, após lhe pedir um prazo maior para saldar um débito: “Eu quero é o meu!”.
Algumas figuras que se dizem preocupadas com a miséria alheia acumulam milhões e bilhões, às vezes apenas para aparecer em um camarote, e acham isso normal.
O mal-estar que grassa na sociedade é resultante desse desvalor ao trabalho da maioria. Engabelam com a lorota de que o trabalho enobrece, mas criam enormes dificuldades para dar um piso salarial aos professores.
O Brasil é um dos países de maior concentração de renda no mundo. Os milionários são 1,2% da população, mas controlam 48% do Produto Interno Bruto.
Enquanto alardeiam falsos discursos de caridade, dizem, com seus botões:
“Eu quero é o meu!”.
Muitos , ainda, usam de recursos auferidos pela imagem de poderosos – autoridades de vários gêneros e classes – para ganharem ainda mais.
A solidariedade do brasileiro está nas classes mais pobres da população, somente.
Farinha pouca, meu pirão primeiro!