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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou na noite desta quinta-feira (25/06) sua já tradiconal transmissão ao vivo nas redes sociais. Na live, Bolsonaro reiterou que o governo estuda prorrogar por mais dois meses o auxílio emergencial. O benefício vai, segundo ele, partir pra uma adequação. “Nós vamos, não estão definido os números ainda… Serão, com toda certeza, R$ 1.200 em três parcelas. Deve ser dessa maneira. Estamos estudando ainda. R$ 500, R$ 400 e R$ 300”, observou.
Acompanhando o presidente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou que a terceira parcela do auxílio emergencial, de R$ 600, começará a ser paga a partir deste sábado (27/06).
“Nós estamos, agora no sábado, pagando mais uma parcela para 60 milhões de brasileiros. Nesse próximo sábado até o sábado que vem, 60 milhões de brasileiros receberão”, disse.
A live ocorreu horas após o governo nomear Carlos Alberto Decotelli como novo ministro da Educação e em um momento em que o chefe do Executivo federal tem evitado declarações polêmicas e dado sinais de que deseja amenizar a tensão com os outros Poderes.
“Hoje tivemos a apresentação do novo ministro da Educação. Foi uma escolha muito difícil, porque quatro pessoas se apresentaram, quatro pessoas excepcionais. Entre elas, um jovem, o Renato Feder, que faz um brilhante trabalho no Paraná. Parabéns ao governador Ratinho, do PSD, por ter um secretário qualificado como ele”, disse Bolsonaro.
“A opção foi por Decotelli pela idade, tem currículo mais extenso e tem tantas virtudes como tem o garoto Renato e os outros dois candidatos. Foi uma escolha muito difícil, porque todos quatro tinham currículo excepcional”, completou.
O presidente ainda ressaltou que espera não ter que não trocar mais nenhum ministro. “Estamos com uma falta na Saúde, mas o Pazuelllo está indo muito bem na questão da gestão. Sabemos que ele não é médico, muitos querem que coloquemos lá um médico, mas é muito difícil achar um médico gestor. Mas se a gente achar um médico, a gente conversa com o Pazuello”, afirmou.
Um ponto inusitado da live foi a presença do pernambucano Gilson Machado Neto, presidente da Embratur, que, empunhando uma sanfona, cantou “Ave Maria”, em homenagem às vítimas de coronavírus.
Guedes ainda colocou que a prioridade do governo é emprego e renda e a recuperação da economia. “A gente vem com o programa verde e amarelo para criar um universo de trabalhadores, a gente vem com os invisíveis. Vamos criar uma rampa de ascensão social. Esse pessoal pode empregar sem encargo trabalhista, sem nada disso porque não é legislação… É uma legislação pra acabar com desemprego em massa. Vamos submeter isso ao Congresso brevemente”, disse.
O ministro ressaltou que se faz necessário abrir novos horizontes de empregos e que, em um cenário pós-pandemia, o programa de reformas será retomado. “Vamos retomar nossa agenda de reformas estruturantes. Vamos partir para cima. O Brasil vai surpreender o mundo. Vamos furar as duas ondas e chegar do lado de lá”, afirmou, otimista.
“Vamos destravar os investimentos do país porque mudou um pouco a ordem de prioridade. O pacto federativo, que era uma prioridade para dar dinheiro para estados e municípios, esse ano não precisamos mais, já demos muito mais do que eles jamais receberam”, arrematou.
Desde que tomou posse, o chefe do Executivo tem o costume de, nas transmissões, detalhar as ações do governo para seus apoiadores acompanharem quais medidas estão sendo tomadas.
Na semana passada, Bolsonaro comentou a operação que resultou na prisão de Fabrício de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), um dos filhos do presidente. Na ocasião, Bolsonaro disse que a prisão foi “espetaculosa” e que parecia que “estavam prendendo o maior bandido da face da terra.
Embora tenha mencionado o caso contra o ex-assessor de Flávio durante a transmissão da semana passada, Bolsonaro não comentou a demissão do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub que, há uma semana, anunciou a saída do governo para assumir um posto na diretoria do Banco Mundial, em Washington, nos Estados Unidos.