domingo, 23/02/25
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Auxílio Emergencial: pelo menos 10 foragidos da Justiça do DF têm benefício aprovado pelo 2º ano

Controladoria Geral da União revelou que, em Brasília, 602 procurados receberam valores indevidamente em 2020. G1 verificou que mesmos criminosos constavam na lista para receber R$ 150 neste ano.

Passo a passo mostra como pedir o auxílio emergencial no site e no aplicativo — Foto: Nayra Halm/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Passo a passo mostra como pedir o auxílio emergencial no site e no aplicativo — Foto: Nayra Halm/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Pelo menos 10 foragidos da Justiça do Distrito Federal, que foram autorizados a receber o Auxílio Emergencial, de R$ 600 – pagos pelo governo federal em 2020 – continuam na lista para receber o benefício neste ano, de modo irregular. No domingo (18), o Fantástico, da TV Globo, mostrou que 270, dos 27 mil procurados continuam na lista da Controladoria Geral da União (CGU).

Em maio de 2020 a CGU revelou que, no DF, 602 foragidos receberam o benefício indevidamente. O G1 pesquisou aleatoriamente dez nomes da mesma lista do órgão e verificou que os mesmos continuavam como aptos para receber o auxílio de R$ 150, que será pago pelo governo federal nos próximos quatro meses (veja mais abaixo).

Os foragidos do DF que continuam na lista para receber o auxílio emergencial em 2021 são:

  • Rogério Miranda Antônio
  • Robson Moreira da Silva
  • Floriano Pereira de Souza
  • Anderson Rocha Cerqueira
  • Oberon Borges da Silva
  • Miguel Angel Larrazabal Pinto
  • Carlos Marcelino da Silva
  • Carmeron Pacheco de Souza
  • Francisco Dourado dos Santos
  • Allyson Heder Resende Jardim
Pelo menos 10 foragidos da Justiça do DF têm auxílio emergencial aprovado pelo 2º ano — Foto: Ministério da Cidadania/Reprodução
Pelo menos 10 foragidos da Justiça do DF têm auxílio emergencial aprovado pelo 2º ano — Foto: Ministério da Cidadania/Reprodução

Apesar da lista apresentada pelos auditores, ainda será investigado quantos, dos 602 foragidos do DF, ficaram com o dinheiro ou tiveram seus dados usados indevidamente por outras pessoas.

Com relação à inclusão de procurados pela polícia na lista de beneficiários, o Ministério da Cidadania informou que “trabalha diuturnamente para aprimorar o processo de concessão do Auxílio Emergencial e que 15 grandes bancos de dados são utilizados para conferir quem atende aos requisitos”.

Ainda segundo o ministério, quase R$ 335 milhões pagos a pessoas que não se enquadrava nos critérios foram recuperados.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), os pagamentos irregulares consumiram cerca de R$ 54 bilhões do programa do governo federal. Isso seria o equivalente a 18% do total pago em 2020.

Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que apenas realiza os pagamentos do benefício, que não participa e nem interfere no processo de avaliação.

Já a CGU informou que “a lista com a relação de foragidos que tiveram o auxílio habilitado foi encaminhada como informação de inteligência para as autoridades policiais e ministérios públicos nos estados”.

Benefício pago de forma irregular no DF

Mais de 2,6 mil pessoas que receberam indevidamente o Auxílio Emergencial de R$ 600 no Distrito Federal não devolveram os valores aos cofres públicos. Apenas em Brasília, o prejuízo estimado é de R$ 3,9 milhões.

Os dados fazem parte de um levantamento do Ministério da Cidadania e do Tribunal de Contas da União (TCU) feito em 2020. Segundo o TCU, 5.623 moradores do DF receberam o benefício de forma irregular.

Desses, 3.021 beneficiários devolveram os valores, de acordo com o Ministério da Cidadania. O ressarcimento chega a R$ 3.073.659,93.

Os pagamentos irregulares foram feitos para pessoas que já recebiam outro tipo de auxílio ou para CPFs inválidos e até falecidos. De acordo com o Ministério da Cidadania, o DF teve 789.511 beneficiados, o equivalente a 25,84% do total de 3.055.149 habitantes da capital.

Ainda de acordo com o Ministério da Cidadania, em todo o país, mais de 123 mil pessoas que receberam o Auxílio Emergencial do governo federal e não se enquadravam nos critérios do benefício devolveram o valor aos cofres da União. (G1/DF)

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