O delegado Reinaldo Nóbrega estava acabando de ver o pai entrar em casa, no bairro de Manaíra, quando deparou-se com os dois assaltantes apontando as armas para o velho, anunciando o assalto.
De pronto desceu do seu carro, de arma em punho, enquadrou os assaltantes e deu voz de prisão.
Não contava, porém, com mais dois outros, igualmente pilotando motos, que faziam a guarnição dos primeiros. Esses outros meteram bala no delegado, que revidou.
O carro do policial ficou todo furado. Um dos bandidos levou chumbo, ficou ferido e está no hospital.Os outros três fugiram. O pai do delegado escapou ileso, felizmente.
Essas cenas tiveram como palco o nobre bairro de Manaíra, em João Pessoa, hoje um dos mais violentos da cidade.
Toda semana se assalta em Manaíra. Nas ruas e na orla.
Semana passada os bandidos fizeram um arrastão e no meio do arrastão assaltaram uma promotora de justiça.
E pela sequência dos atos de violência, não se pode nem alegar o elemento surpresa que teria impedido a polícia de agir.
O que está faltando é pulso, é polícia nas ruas, é repressão.
E não só em Manaíra, mas na cidade inteira.
Na zona sul da cidade as gangues mandam e desmandam. Chegam a atirar durante as noites para demarcar território.
Isso é comum acontecer em terra de ninguém.
E João Pessoa deveria ter dono. Já teve.
E o dono, claro, não pode ser um bandido, mas a lei, a ordem e a disciplina. (blogtiaolucena)