Miguel Lucena
Catrevagem é coisa ou gente sem valor. Ela passeia todos os dias na minha frente. Às vezes, tem aquele sorriso de porcelana que nos dá a impressão de que o ser humano possui 150 dentes na boca. Mesmo com capa polida, a catrevagem é feia de doer.
Os policiais deveriam ler poesia nos intervalos. Quem se debruça muito tempo sobre ocorrências fica achando que a humanidade não tem futuro. São muitos golpes baixos, cobiça, inveja, maldade e vilania.
A catrevagem rouba, furta, engana para se apropriar das economias alheias, falsifica, come e não paga, passa checho (seixo) em prostituta e toma osso da boca de cachorro. Passa a perna em velhinhos, toma a aposentadoria dos pais e dos avós, pega carro dos outros para vender e desaparece, vende terreno na lua, fica rica, fica pobre, sai nas colunas sociais, posa de moralista e pega travesti no Setor Comercial Sul.