sábado, 07/06/25

HomeDestaqueA rachadinha de R$ 2 milhões de Davi Alcolumbre

A rachadinha de R$ 2 milhões de Davi Alcolumbre

Segundo revista, por anos, o senador ficou com salários de seis assessoras do gabinete. Elas abriam conta no banco, entregavam o cartão e recebiam apenas parte do dinheiro

ENCRENCA - Davi Alcolumbre: ex-funcionária diz que combinou pessoalmente com o senador os detalhes da fraude -
ENCRENCA - Davi Alcolumbre: ex-funcionária diz que combinou pessoalmente com o senador os detalhes da fraude – Aloisio Mauricio/Fotoarena/.

Seis mulheres denunciam o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), em entrevistas à revista Veja, de promover rachadinha em seu gabinete, em um esquema que teria desviado ao menos R$ 2 milhões.

Marina Santos, Érica Castro, Lilian Braga, Jessyca Pires, Larissa Braga e Adriana Almeida são moradoras do Entorno do Distrito Federal e foram contratadas como assessoras do senador amapaense. Entretanto, nunca trabalharam, segundo a revista.

Alcolumbre é ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

O esquema teria começado em 2016. As mulheres tinham vencimentos mensais entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas devolviam boa parte do montante ao gabinete de Alcolumbre.

“O senador me disse assim: ‘Eu te ajudo e você me ajuda’. Estava desempregada. Meu salário era mais de R$ 14 mil, mas topei receber apenas R$ 1.350. A única orientação era para que eu não dissesse para ninguém que tinha sido contratada pelo Senado”, contou a diarista Marina Ramos Brito dos Santos.

A estudante Érica Almeida Castro também tinha salário de R$ 14 mil, mas, segundo ela, ficava apenas com R$ 900.

“Eles ficavam até com a gratificação natalina. Na época, eu precisava muito desse dinheiro. Hoje, tenho vergonha disso”, relatou a estudante, à Veja.

A dona de casa Adriana Souza de Almeida foi contratada em maio de 2017. Ela disse ter aberto uma conta-salário na Caixa Econômica do Senado e repassado o cartão e a senha para o gabinete do senador.

Os extratos das contas das mulheres mostram, segundo a revista, que o salário era depositado e imediatamente sacado.

Procurado pelo Metrópoles, Alcolumbre não se manifestou oficialmente. À revista o senador disse que se concentra nas atividades legislativas e que questões administrativas ficavam a cargo de seu então chefe de gabinete, Paulo Bouden, que foi exonerado em 2020.

Alcolumbre frisou também que não se lembra das funcionárias.

VEJA TAMBÉM

Comentar

Please enter your comment!
Please enter your name here

RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Este campo é necessário

VEJA TAMBÉM