Nos últimos 12 meses, a secretaria de Saúde contratou cerca de 70 leitos de UTI (foto: Davidyson Damasceno/ASCOM IGESDF)
A lista de espera por um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) na rede pública do Distrito Federal tem sido cada vez menor. A melhora é resultado de medidas adotadas pela Secretaria de Saúde (SES) que também reduziu o tempo de espera para conseguir uma vaga para esses leitos.
Entre as medidas adotadas estão o aumento do parque dialítico do Hospital Universitário de Brasília (HUB), que ofereceu vagas para pacientes da Secretaria de Saúde. “Um dos pontos que geraram este impacto positivo foi a regulação da hemodiálise. Tínhamos muitos pacientes dependentes de suporte dialítico, que ficavam em leito de UTI”, destaca o diretor-geral do Complexo Regulador de Saúde, Petrus Sanchez.
Além disso, segundo Petrus, a ampliação no contrato de home care (atendimento domiciliar) e a contratação de oxigenoterapia também foram fundamentais no processo de desospitalizar pacientes que já estavam de alta nas UTIs, mas não podiam sair por falta de suporte para continuar o tratamento.
Outro ponto que ajudou a liberar leitos com mais rapidez foi a mudança na alta médica. “Os gestores, hoje, são obrigados a transferir os pacientes de alta médica em até 48 horas, sob pena de serem responsabilizados. Antes, esse prazo demorava até sete dias”, diz Petrus Sanchez.
Isso resultava em leitos usados por pessoas que não necessariamente precisavam deles, enquanto centenas de outros pacientes tinham mais urgência em ocupar tais vagas.
A fila de espera, na última sexta-feira (17/4), oscilava entre 26 e 22 pessoas. Em maio de 2019, pelo menos 160 pessoas aguardavam por um leito.
Para o secretário de Saúde, Francisco Araújo, a meta é alcançar níveis que evitem a apresentação de medidas judiciais, por parte de pacientes que possam se sentir lesados, em busca de uma UTI na rede pública.
“A determinação do governador Ibaneis Rocha é humanizar o atendimento na saúde do DF, e esse é um dos passos mais importantes para isso. Quem precisa de uma UTI não pode esperar. Vamos continuar trabalhando para alcançar níveis jamais vistos antes na história do Distrito Federal”, conclui o gestor.
O diretor do complexo lembra ainda que a contratação de novos leitos colaborou para diminuir a espera e a fila. “Nos últimos 12 meses, contratamos cerca de 70 leitos de UTI. Também dispomos de mais leitos dentro da própria rede pública de saúde do DF”, complementa Petrus.
“A fila é dinâmica e, por isso, não há de se esperar que ela seja zerada. O que se espera é que cada paciente que entra espere por até 12 horas até a liberação de um leito, contando a partir da hora da solicitação”, acrescenta.
Qualquer pessoa pode acompanhar a quantidade de pacientes em fila de espera por leitos de UTI na rede pública de saúde do DF, a partir do site Sala de Situação (https://salasit.saude.df.gov.br/lista-de-uti/).
*Com informações da Agência Brasília/CB