Caso não consiga se viabilizar no PSDB, governador de São Paulo tem até abril de 2018 para trocar de partido
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, reagiu à manobra do senador Aécio Neves (MG), que prorrogou o seu mandato no comando do PSDB até maio de 2018. O paulista passou a defender que eventuais prévias para a escolha do candidato tucano à Presidência sejam realizadas em dezembro deste ano ou, no máximo, até janeiro de 2018. Assim, caso não se viabilize no PSDB, Alckmin poderá aproveitar o período que permite a troca partidária – até seis meses antes da eleição.
Se optar por deixar o partido para concorrer por outra legenda – o PSB já sinalizou que aceitaria lançá-lo –, Alckmin teria de trocar de agremiação até abril. Segundo correligionários do governador, a defesa de uma eleição interna no molde das primárias norte-americanas será feita “com entusiasmo” por seu grupo político, mas o cenário ideal é evitar o confronto.
As prévias são, na verdade, um elemento de pressão sobre Aécio e o ministro das Relações Exteriores, José Serra, que também está na fila. Ex-adversários internos, Aécio e Serra se uniram para barrar o avanço do governador paulista, que saiu politicamente fortalecido das eleições municipais.
Aécio, Serra, o presidente Michel Temer e o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, que preside o PSD, esperam escolher dentro do grupo um candidato para 2018. Já Alckmin mantém distância do Palácio do Planalto e pretende permanecer assim no ano da eleição. No atual cenário partidário, o senador mineiro tem ampla maioria na executiva do PSDB e mais influência nos diretórios estaduais.