O ex-tucano pretendia concorrer ao governo de São Paulo, mas aceitou o convite do petista para disputar a Vice-Presidência da República
Ricardo Stuckert/Divulgação
São Paulo – Uma reunião nesta sexta-feira (8/4), em São Paulo, selou a apresentação do nome do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) para a vaga de vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial deste ano.
Ex-adversários políticos, Alckmin e Lula apareceram juntos pela primeira vez no fim de 2021, em um jantar organizado por grupo um de advogados em São Paulo. Novamente na cidade, o ato concretizou a união.
O ex-ministro Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Marcio França (PSB) foram os principais articuladores da aliança. Os dois são pré-candidatos ao governo de São Paulo. Alckmin também tinha a intenção de ser candidato ao governo, mas aceitou o convite do petista disputar a vice-presidência da República.
Além de formalizar a chapa, a reunião também serve para que PT e PSB deem continuidade às discussões das chapas estaduais. A questão mais difícil está mesmo em São Paulo, onde os dois partidos tentam emplacar candidaturas. Participam da reunião também os presidentes dos dois partidos, Gleisi Hoffmann (PT) e Carlos Siqueira (PSB). Também integram da conversa os dois pré-candidatos, os deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o senador Paulo Rocha (PT-PA).
História
Alckmin e Lula se enfrentaram no segundo turno da eleição presidencial de 2006, quando Lula foi reeleito para o segundo mandato.
Um dos fundadores do PSDB, o ex-governador deixou o PSDB após a vitória de João Doria nas prévias do PSDB para a escolha do nome que deverá disputar a Presidência da República. Ele ficou por 33 anos na legenda. O grupo de Alckmin rivalizava com o ex-governador de São Paulo, dentro do partido.
No fim de março, Alckmin optou por se filiar ao PSB, partido que estará na coligação de Lula e já apontou sua disposição em compor a chapa alegando que Lula é “aquele que melhor reflete o sentimento de esperança do povo brasileiro”.
Trâmite partidário
Agora, de acordo com os trâmites partidários o PT terá que aprovar o nome do ex-tucano em reunião do diretório nacional, marcada para o dia 14 de abril. O lançamento da pré-candidatura de Lula foi confirmado para o próximo dia 30 de abril e ocorrerá no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo.
Neste mesmo dia será apresentada a frente de partidos que apoiará o petista. Esta frente será composta pela coligação com o PSB e com o Solidariedade, além de duas federações: uma formada pelo PT, PCdoB e PV e outra que reúne PSol e Rede. A executiva do PT também definiu para o dia 4 de junho o encontro partidário.