A Esplanada dos Ministérios não teve o tradicional desfile de 7 de Setembro este ano, por causa das medidas contra o novo coronavírus. Mesmo assim, a via foi ocupada durante o feriado. Manifestações contra e a favor do atual governo federal tomaram conta do local durante a manhã do feriado da Independência do Brasil.
De um lado, apoiadores do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniram entre o Museu da República e a Biblioteca Nacional, em apoio ao presidente. Já no gramado entre o Teatro Nacional e o Museu, integrantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo se juntaram ao Grito dos Excluídos, para a realização de um ato cênico performático.
A ação, segundo organizadores, foi pela defesa da democracia brasileira e dos direitos para denunciar retrocessos sociais, econômicos e ambientais no país. A manifestação durou aproximadamente uma hora. Logo depois, todos foram embora.
“Organizamos em alas e cada uma delas faz denúncia a uma situação que a população brasileira vive atualmente. Estamos em defesa das minorias, dos negros, das mulheres, do público LGBT e da constituição”, disse um dos diretores da manifestação, o dramaturgo Zé Regino, 58 anos.
“A nossa intenção é para que o manifesto fosse gravado e, agora, se espalhe e alcance os brasileiros pela internet para que se juntem ao movimento, provocar que elas se posicionem diante do’ Fora Bolsonaro’. Fizemos tudo de forma cênica, silenciosa e respeitando as regras impostas pela pandemia do novo coronavírus, como o distanciamento social.”
A atriz Débora Aquino, 49, participou do protesto. “A intenção é chamar atenção para o desmonte total de todas as instâncias no Brasil. Desde as éticas e morais até pela perda de todos os direitos trabalhistas. Participei da abre alas que remetia aos ratos no poder. Rasgamos a constituição que é o que a gente acredita que está acontecendo hoje.”
Enquanto isso, os apoiadores do presidente Bolsonaro começaram a descer a Esplanada.