“Nesse 26 de outubro, eu me entreguei à Justiça brasileira, porque, como diz o nosso hino, verás que um filho teu não foge à luta”, disse
Em vídeo divulgado nesta terça-feira (26) nas redes sociais, o bolsonarista Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, afirmou estar em Santa Catarina, prestes a se entregar. O militante estava foragido desde o início de setembro no México.
“Nesse 26 de outubro, eu me entreguei à Justiça brasileira, me apresentei à Justiça brasileira, porque, como diz o nosso hino, verás que um filho teu não foge à luta. E eu jamais iria abandonar o povo brasileiro”, diz o bolsonarista.
“Eu vim dizer muito obrigado, não sei quanto tempo eu vou passar no cárcere, mas saibam que tudo isso é pelo Brasil, por cada ser humano cidadão de bem. Fiquem com Deus e não desanimem”, continua.
Os advogados do caminhoneiro confirmaram a prisão ao UOL. “Apresentação espontânea de Zé Trovão. Na qualidade de advogados do Sr. Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, informamos que na data de hoje promovemos sua apresentação espontânea ao Excelentíssimo Senhor Doutor Delegado Chefe da Polícia Federal em Joinville – Santa Catarina, cidade de seu domicílio.”
Segundo os advogados do caminhoneiro, Elias Mattar Assad e Thaise Mattar Assad, ele “está ao dispor da Justiça para provar sua inocência. Na sequência, a defesa formulará pleitos de liberdade”.
A prisão preventiva do bolsonarista foi decretada no dia 1° de setembro pelo ministro Alexandre de Moraes e está foragido desde então. Ele responde por um inquérito que apura os atos antidemocráticos ocorridos no dia 7 de setembro. A maioria da corte votou contra o pedido.
Habeas Corpus
Há uma semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou o pedido de habeas corpus de Zé Trovão. O relator do caso, o ministro Edson Fachin, já havia negado o pedido de anulação da prisão.
“Verifico que os argumentos apresentados no agravo não alteram as conclusões da decisão recorrida. Conforme explicitado na decisão unipessoal, não é cabível habeas corpus em hipóteses como a dos autos, por se tratar de writ contra decisão monocrática proferida pelo ministro”, expos Fachin.
Até onde se sabe, o caminhoneiro teria ido para o México com alegação de estar sendo perseguido politicamente. O pedido de habeas corpus foi feito por deputados bolsonaristas. (JBr)