Esta quinta-feira (17/9) será decisiva para o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), e o prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella(Republicanos), no âmbito dos processos de impeachment contra eles.
A Comissão do Impeachment da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) se reúne nesta manhã, às 11h, para votar o relatório elaborado pelo deputado Rodrigo Bacellar (SDD), que pede o impeachment de Wilson Witzel.
Witzel está afastado do cargo desde o último dia 28 de agosto, após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O chefe do Executivo estadual foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF), acusado de lavagem de dinheiro e corrupção.
Os deputados votarão se aprovam ou não o parecer e precisam de maioria simples para a definição. Em seguida, o relatório segue para avaliação de todos os membros da Casa, onde precisa receber dois terços dos votos dos deputados — 47 — para ser aprovado.
Já no Legislativo municipal, o plenário da Câmara do Rio de Janeiro analisa nesta tarde, às 16h, um pedido de abertura de impeachment contra o prefeito Marcelo Crivella, protocolado pelo PSol. A deliberação precisa de maioria simples.
A denúncia de infração político-administrativa contra Crivella, aliado do presidente Jair Bolsonaro, tem como base investigação do Ministério Público do Rio (MPRJ), que aponta um suposto esquema de corrupção na Prefeitura do Rio.
Se a abertura de processo de impeachment for aprovada pelos vereadores, o primeiro passo será o sorteio de três parlamentares, durante a própria sessão, para compor uma Comissão Processante. A legislação federal determina que o colegiado inicie os trabalhos em até cinco dias.
Em caso de decisão pelo prosseguimento da apuração, o processo terá até 90 dias para ser concluído, a partir da data da notificação do prefeito. Crivella pode ser afastado definitivamente do cargo pelo voto de dois terços dos membros.