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O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, desembarcou pouco depois das 7h deste sábado (20/06) em Miami. Ele deixou o país após centralizar forte tensão entre o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Weintraub chegou aos Estados Unidos como ministro e se apresentou como tal. Pouco mais de duas horas depois, o Diário Oficial da União (DOU) oficializava a perda do cargo. Ainda não se sabe se ele foi acompanhado da família.
Segundo a assessoria do Ministério da Educação, o ex-chefe da pasta viajou em um voo comercial da Azul. Weintraub custeou a passagem com dinheiro próprio e foi de classe econômica. Weintraub desembarcou no aeroporto de Fort Lauderdale (Flórida).
Apesar de ter chegado ao país comandado por Donald Trump como ministro de Estado, o governo brasileiro não comunicou o consulado em Miami sobre a ida Weintraub. A prática é praxe na diplomacia. O ex-ministro usou o passaporte diplomático e visto especial.
A reportagem entrou em contato com o Palácio do Planalto e com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), mas os órgãos não haviam comentado o assunto até a última atualização deste texto. O espaço continua aberto para esclarecimentos.
A assessoria do Ministério da Educação não soube dizer qual é o paradeiro do ex-ministro, nem se ele continuará em Miami. Apesar das restrições impostas pelos EUA aos brasileiros por causa da pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, Weintraub não foi impedido de entrar e não cumprirá quarentena.
A exoneração do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, foi publicada neste sábado (20/06) no Diário Oficial da União (DOU), em edição extra. A oficialização da saída do governo ocorre após ele pedir demissão para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e viajar para Miami.
Exoneração
A viagem do ex-ministro foi confirmada por Arthur Weintraub, assessor especial da Presidência da República, que agradeceu “pelas orações” em prol do irmão. Depois de anunciar sua saída do governo Bolsonaro, Weintraub havia dito nessa sexta-feira (19/06) que sairia do Brasil “o mais rápido possível”.
“As coisas aconteceram muito rapidamente”, escreveu, em resposta a um seguidor neste sábado.
Weintraub deixou o Ministério da Educação esta semana depois de uma série de polêmicas e de declarações dadas em redes sociais. Ele é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito das fake news por ter falado em prisão de ministros da Corte e os xingado de “vagabundos”. Weintraub também enfrenta outra ação por suposta prática de racismo ao ironizar a China.
Após a demissão, ele foi indicado pelo presidente para o Banco Mundial (Bird). Segundo a instituição, Weintraub será diretor somente até o próximo dia 31 de outubro. Weintraub cumprirá o restante do atual mandato de Fábio Kanczuk, que deixou o cargo em 2019 para ser diretor de política econômica do Banco Central (BC).