Coluna de cinzas subiu a cerca de 6 km de altura no Oceano Atlântico. Governo ordenou a evacuação obrigatória para cerca de 16 mil pessoas.
O vulcão La Soufrière entrou em erupção nesta sexta-feira (9) no arquipélago caribenho de São Vicente e Granadinas, e o governo ordenou a evacuação obrigatória do local.
A coluna de cinzas do vulcão subiu a cerca de 20 mil pés de altura (6 km) e se dirigiu para o leste no Oceano Atlântico, segundo as autoridades.
Fortes quedas de cinzas também foram relatadas em comunidades ao redor do vulcão, de acordo com Erouscilla Joseph, diretora do Centro Sísmico da Universidade das Índias Ocidentais.
“Mais explosões podem ocorrer”, alertou Joseph, que disse ser impossível prever se elas seriam maiores ou menores do que a primeira.
O vulcão entrou em erupção pela última vez em 1979, e uma erupção em 1902 matou cerca de 1,6 mil pessoas. Desta vez, não há relatos imediatos de vítimas.
São Vicente e Granadinas é um pequeno país no Caribe com cerca de 100 mil habitantes que fica entre Barbados, Granada e Santa Lúcia e perto da Venezuela
Evacuação da zona vermelha
Na cidade costeira de Barrouallie, que fica a cerca de 14 km do vulcão, os evacuados foram encaminhados para abrigos.
Alguns se prepararam para ficar lá, enquanto outros devem embarcar em navios de cruzeiro ou ir para as ilhas próximas que ofereceram ajuda.
As ordens de evacuação obrigatórias foram emitidas quinta-feira (8) para cerca de 16 mil pessoas que vivem na zona vermelha perto do vulcão, que fica na região norte da ilha.
Desafios da pandemia
Autoridades temem que a pandemia possa prejudicar os esforços de evacuação. O primeiro-ministro Ralph Gonsalves disse em uma entrevista coletiva que as pessoas precisam ser vacinadas se entrarem a bordo de um navio de cruzeiro ou receberem refúgio temporário em outra ilha.
Gonsalves disse que dois navios de cruzeiro da Royal Caribbean devem chegar nesta sexta e um terceiro nos próximos dias, assim como dois navios de cruzeiro da Carnival. As ilhas que disseram que aceitariam evacuações incluem Santa Lúcia, Granada, Barbados e Antígua.
O primeiro-ministro disse que estava conversando com os governos caribenhos para aceitar os cartões de identidade das pessoas que não tiverem passaporte. “Esta é uma situação de emergência e todos entenderam isso”. (G1)