Tecidos, Vestuário e Calçados, Móveis e eletrodomésticos e Livros, jornais, revistas e papelaria tiveram variações negativas
O comércio varejista recuou 0,2% em janeiro na comparação com dezembro, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “A nossa estimativa era de alta de 0,4%. Esta queda vem confirmar o péssimo resultado de dezembro que recuou 6,2% na margem e isto fez a variação trimestral média cair 2,2%”, diz André Perfeito, economista-chefe da Necton.
Para o especialista, ao que tudo indica, será um primeiro trimestre fraco, “seja pela vacinação frágil ou mesmo pelo fim dos incentivos de curto prazo como o auxílio emergencial”. Apesar da fragilidade econômica, o Comitê de Política Monetária deve elevar a taxa de juros em 0,5 ponto percentual na semana que vem para 2,5%.
Quando se analisa os setores do comércio varejista, há diferenças de desempenho. Enquanto Tecidos, Vestuário e Calçados, Móveis e eletrodomésticos e Livros, jornais, revistas e papelaria tiveram variações negativas — puxando para baixo a taxa –, atividades como Outros artigos de uso pessoal e doméstico tiveram crescimento.
No comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas recuou 2,1% em relação a dezembro de 2020, segundo mês consecutivo de variações no campo negativo.
Já em relação a janeiro do ano passado, a queda foi de 0,3% na série sem ajuste sazonal, primeira taxa negativa após sete meses consecutivos de altas. (CNN Brasil)