Além das 176 Unidades Básicas que já fazem testagem, equipes vão aplicar testes rápidos no desembarque do Aeroporto de Brasília e teste PCR na Asa Norte e Asa Sul. Com festas de fim de ano, técnicos temem transmissão comunitária.
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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciou, nesta quinta-feira (23), a ampliação dos pontos de testagem para Covid-19 neste fim de ano para pessoas assintomáticas. O motivo, é o aumento dos casos da variante ômicron.
Além das 176 Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) foram instalados dois pontos extras para teste PCR nos postos da 114 Norte e da 612 Sul. No Aeroporto Internacional de Brasília, equipes da Secretaria de Saúde começaram a fazer testes rápidos no desembarque doméstico, principalmente em passageiros vindos do exterior. Ao todo, são 800 mil testes disponíveis na rede, aponta a chefe do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância à Saúde (Cievs).
“Temos que saber se estamos doentes. Quem está doente não pode circular, quem está doente tem que estar de quarentena e só vai saber se está doente se testar”, diz Priscilleyne Reis.
Até a noite de quarta-feira (22), o DF tinha 17 casos confirmados da variante ômicron, todos importados. No entanto, a técnica não descarta a possibilidade de começar a haver transmissão comunitária, ou seja, entre os moradores de Brasília.
“Provavelmente vamos, sim, identificar a transmissão comunitária em um período não muito distante, mas é natural porque as pessoas estão se deslocando muito. Por mais que a gente se esforce, é bem complexo e uma doença desafiadora”, diz Priscilleyne.
O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Fernando Erick Damasceno chama a atenção para a necessidade de “diluir o impacto das novas contaminações no mês de janeiro”. Segundo ele, é preciso identificar, precocemente, os casos e retirar as pessoas contaminadas de circulação.
“Nesse sentindo, antigamente, a gente tinha menor quantidade de testes e só se testava quem chegava com sintomas. Então, aumentamos a quantidade de testes e alteramos o critério de elegibilidade para realizar o teste no paciente, mesmo sem sintoma”, diz Damasceno.
A Secretaria de Saúde reforçou ainda a importância da vacinação contra a Covid-19, para que não haja aumento das internações no ano que vem. “O desafio de 2022 será de igual intensidade. Ontem (22) Reino Unido, Portugal e a França alcançaram picos de maior quantidade de casos desde o início da pandemia. Isso nos preocupa, nos deixa em alerta, mas a manutenção da alta cobertura no DF é o que vai nos resguardar”, explica o secretário-adjunto.
217 mil não tomaram primeira dose da vacina no DF
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2021/U/I/dcuFCkTBWuPPP4tQkS6Q/h1900-df2-limpo-05102021-frame-60663.jpeg)
A capital federal tem 2.302.931 pessoas vacinadas com primeira dose (D1), 2.053.403 com segunda dose (D2) e 58.379 receberam a dose da Janssen. Outras 314.604 foram vacinadas com reforço e 10 mil doses foram para imunossuprimidos. Da população apta à vacinação, 81,9% está com as duas doses em dia, diz a Secretaria de Saúde do DF.
Por outro lado, 217.103 pessoas acima de 12 anos permanecem sem registro da primeira dose, ou seja, não procuraram os postos para vacinar. Até esta quinta-feira (23), 42.454 adolescentes de 12 a 17 anos e 174.649 adultos acima de 18 anos não iniciaram o esquema vacinal em Brasília.
Segundo a secretaria, 195 mil pessoas com mais de 12 anos também não tomaram a segunda dose. “A manutenção de uma alta cobertura vacinal é o que vai dar tranquilidade para enfrentar a Covid 19”, alerta Fabiano dos Anjos, subsecretário de Vigilância à Saúde.
“O ato de vacinar é individual, mas é um ato de cidadania. Além de estar gerando proteção para si, é também uma proteção coletiva em relação aqueles que não podem se vacinar por questões específicas de sua saúde”, diz o subsecretário.
“A equipe da Saúde também demonstra preocupação com as festas de fim de ano. “A gente está com saudade da família, dos reencontros. Mas é preciso ter cautela, principalmente nas famílias que têm idosos, imunossuprimidos e situações especiais, para não transformar esse evento familiar tão bonito, saudoso, em um desfecho negativo”, aponta Fabiano dos Anjos.