Em discurso em Nova York, Lula disse que Brasil quer submeter proposta formal de reforma das regras das Nações Unidas, uma das principais bandeiras brasileiras na presidência do G20.
Por Ricardo Abreu, Paloma Rodrigues, g1 e TV Globo — Brasília
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Integrantes da União Europeia avaliaram como “histórica” a iniciativa do governo brasileiro de apresentar uma proposta de revisão da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU), pedindo a reformulação dos mecanismos do órgão, entre eles o Conselho de Segurança.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tratou do tema em reunião nesta quarta-feira (25) durante reunião ministerial do G20 em Nova York.
Por iniciativa do Brasil, os membros do G20 aprovaram um documento pedindo a reforma dos mecanismos internacionais da ONU, o “Chamado à Ação sobre a Reforma da Governança Global”. O texto será apresentado na tarde desta quarta em Nova York.
A proposta contém compromissos de reforma e modernização das principais organizações internacionais, entre elas a ONU e a Organização Mundial de Comércio (OMC). Embaixadores do bloco europeu no Brasil destacaram o ineditismo da medida.
“Vemos essa busca por reformas por parte do Brasil como positiva. E os encontros feitos em Nova York deixaram isso muito claro. Enxergamos que ações como essa, especialmente em tempos de conflitos, podem promover o multilateralismo. E isso, definitivamente, passa por uma reforma na ONU e na arquitetura financeira global”, disse uma fonte do bloco europeu. “É uma iniciativa histórica. A primeira com a concordância do G20”, comemorou.
Diplomatas brasileiros ouvidos pela TV Globocelebraram a proposta de reforma de organismos internacionais, que foi aprovada em consenso pelos chanceleres dos países do G20. A proposta é uma das principais bandeiras do Brasil à frente da presidência do G20.