Miguel Lucena
Na campanha da ex-deputada Maria José Rocha – Zezé, na região de Juazeiro e Curaçá, surgiu um coordenador inusitado: Moisés, adepto da “ética da sinceridade”. Ao ouvir um eleitor dizer que não votaria, ele disparava sem rodeios:
— Vai votar em Pedro Alcântara, né? Então foda-se!
Precisei viajar a Juazeiro para acalmar o rapaz. Expliquei:
— Moisés, a sinceridade é boa, mas tem hora e medida. Algumas verdades guardamos conosco.
Zezé se reelegeu, com força em Salvador e um desempenho razoável no sertão. Hoje, em 2025, vejo políticos repetindo a mesma “estratégia” e lembro do conselho do senador Humberto Lucena para um correligionário afoito:
— Pé no freio, Babá!