UE alcança acordo sobre meta climática até 2040

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Foto: GIOVANNI ISOLINO/AFP

Os países da UE também formalizaram uma meta intermediária de redução das emissões até 2035, que deve ser apresentada nas negociações climáticas da ONU, fixada entre 66,25% e 72,5%.

Foto: GIOVANNI ISOLINO/AFP

 

A União Europeia (UE) alcançou nesta quarta-feira (5) um compromisso sobre a meta de redução de emissões de gases do efeito estufa para 2035 e 2040, após uma série de concessões para convencer os Estados reticentes, pouco antes do início da COP30 no Brasil.

Após negociações prolongadas em Bruxelas, o bloco anunciou um acordo para reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 90% até 2040, na comparação com os níveis de 1990, mas permitirá que os países descontem créditos de carbono de até 10% da meta.

Os países da UE também formalizaram uma meta intermediária de redução das emissões até 2035, que deve ser apresentada nas negociações climáticas da ONU, fixada entre 66,25% e 72,5%.

A UE é o quarto maior emissor do mundo, atrás apenas da China, Estados Unidos e Índia. Mas o bloco tem sido o mais comprometido em adotar ações contra as mudanças climáticas e já reduziu suas emissões de gases do efeito estufa em 37% na comparação com os níveis de 1990.

Para convencer os membros mais céticos, como a Itália, várias medidas de “flexibilidade” foram abordadas.

Os europeus poderão comprar 5% de créditos de carbono internacionais para financiar projetos fora da Europa, um dispositivo muito criticado pelas organizações ambientalistas.

Além disso, existe a possibilidade de 5% adicionais dos créditos de carbono na próxima revisão da lei sobre o clima.

Os 27 países do bloco também apoiaram adiar por um ano, de 2027 para 2028, a extensão do mercado de carbono no transporte rodoviário e nos sistemas de climatização dos edifícios, um pedido da Hungria e da Polônia que tinha a oposição das nações da Escandinávia.

Os Estados membros também aprovaram uma cláusula para revisar a lei do clima a cada dois anos, o que permitiria ajustar a meta.

“O acordo, muito aguardado, é muito mais fraco do que dá a entender o número de 90%”, criticou Sven Harmeling, da rede de ONGs ambientais CAN Europa.

 

AFP

 

 

 

 

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