domingo, 23/02/25
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Turquia condena jornalista opositor a 27 anos de prisão

Jornalista publicou uma reportagem sobre um esquema de entrega de armas do governo do país a grupos islâmicos na Síria.

Can Dündar em entrevista coletiva em Berlim em outubro de 2018 — Foto: Tobias Schlie/Reuters
Can Dündar em entrevista coletiva em Berlim em outubro de 2018 — Foto: Tobias Schlie/Reuters

A Justiça da Turquia condenou, nesta quarta-feira (23), o jornalista opositor Can Dündar a 27 anos de prisão por ter tornado público um esquema de entrega de armas do governo do país a grupos islâmicos na Síria.

A Turquia apoia grupos de oposição síria contra o regime do presidente Bashar al-Assad.

Dundar vive exilado na Alemanha. Ele é conhecido como um crítico do presidente Recep Tayyip Erdogan.

O tribunal considerou que ele foi culpado de auxiliar um grupo terrorista e de espionagem por ter publicado a reportagem em 2015 sobre as entregas de armas pelos serviços secretos turcos.

O texto era apoiado por imagens e saiu no jornal de oposição “Cumhuriyet”, do qual ele era chefe de redação.

Segundo julgamento

Em maio de 2016, Can Dündar foi condenado em primeira instância a cinco anos e 10 meses de prisão por divulgar segredos de Estado.

No entanto, a sentença foi anulada em 2018 por um tribunal que ordenou um novo julgamento, que também incluiu a acusação de espionagem, que pode resultar em uma pena mais severa, como foi o caso.

Veja uma reportagem sobre o apoio dos turcos aos sírios.

No veredicto nesta quarta-feira, o tribunal explicou que a sentença é dividida em 18 anos e seis meses para “divulgação de informações confidenciais e espionagem”, e oito anos e nove meses para “ajuda a uma organização terrorista”, especificamente a rede do pregador Fethullah Gülen.

Gülen, que está exilado nos Estados Unidos, foi acusado por Ancara de ter organizado o golpe fracassado contra Erdogan em julho de 2016.

Dundar refugiou-se na Alemanha em 2016 após sua primeira condenação. Em uma visita a Berlim em 2018, Erdogan solicitou sua extradição e acusou-o de ser um “agente” que revelou “segredos de Estado”.

Por G1

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