O presidente Jair Bolsonaro postou uma série de tuítes neste sábado com ações do Judiciário que atingem seu governo e introduziu as publicações com a afirmação de que “tudo aponta para uma crise”.
Em 14 tuítes, Bolsonaro destaca a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), da Polícia Federal (PF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em ações que atingem o governo e seus aliados.
A primeira ação mencionada pelo presidente é que “o ministro do STF, Celso de Mello, fez um pedido de investigação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro, à Procuradoria Geral da República, por crime de incitação à subversão da ordem política ou social”.
Neste caso, Mello seguiu o trâmite normal de andamento ao enviar à Procuradoria-Geral da República a comunicação de crime apresentada contra o deputado, que é filho do presidente.
Em uma live na internet esta semana, Eduardo disse entender a postura mais “moderada” dos que tentam evitar a chegada do que ele chamou de um “momento de ruptura”, “cisão ainda maior” e um “conflito ainda maior”.
“Eu entendo essas pessoas que querem evitar esse momento de caos. Mas falando bem abertamente, opinião do Eduardo Bolsonaro, não é mais uma opinião de ‘se’, mas de ‘quando’ isso vai ocorrer”, disse o filho do presidente.
“E, depois, não se enganem: quando chegar ao ponto em que o presidente não tiver mais saída e for necessária uma medida enérgica, ele é que será taxado como ditador”, acrescentou o deputado.
Nos tuítes deste sábado, Bolsonaro menciona também o pedido do ministro Og Fernandes, do TSE, para que a chapa Bolsonaro-Mourão se manifeste sobre a inclusão de informações do inquérito das fake news em processos na Justiça Eleitoral.
O presidente faz outras menções também a esse inquérito. Nesta semana, o ministro do STF Alexandre de Moraes, que é o relator, determinou uma série de diligências que atingiram apoiadores e aliados de Bolsonaro.
Na série de publicações, o presidente cita ainda as notícias de que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, ficou calado no depoimento que deu por determinação judicial.
O depoimento foi determinado por Moraes no âmbito do inquérito das fake news depois da divulgação de vídeo de reunião ministerial com declaração polêmica de Weintraub. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF”, disse o ministro da Educação no encontro.
*Com informações da Reuters