Miguel Lucena
O transe coletivo, frequentemente induzido por discursos emocionais, símbolos de pertencimento e repetição de narrativas, é uma ferramenta poderosa para manipulação das massas.
A psicologia das multidões mostra que, sob forte influência emocional, indivíduos tendem a perder a crítica e agir por instinto de grupo. Esse estado beneficia principalmente líderes carismáticos, corporações, seitas e regimes autoritários, que usam o transe para consolidar poder, neutralizar o pensamento crítico e justificar ações questionáveis.
Ao despersonalizar o indivíduo, o transe coletivo cria uma massa homogênea, fácil de conduzir. Quem detém o controle da narrativa se beneficia: canaliza o medo, a esperança ou a raiva em prol de seus interesses, sejam políticos, econômicos ou ideológicos.
A quem aproveita o transe coletivo? – a pergunta revela a urgência de romper com automatismos e retomar a consciência individual, condição essencial para a liberdade e a responsabilidade cidadã.