Suspeita diz que matou bebê de 11 meses após um ‘ataque de fúria’. Para o juiz, não houve mudança ‘fática’ do processo; mulher segue detida.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou pedido de liberdade provisória para Ana Paula Barros Veloso, suspeita de matar um bebê de 11 meses após um “ataque de fúria”. O crime ocorreu no dia 26 de dezembro, em Taguatinga Norte. De acordo com a Policia Militar, a mulher era mãe de criação da vítima, que foi morta com chutes, socos e arremessos.
De acordo com o juiz do Tribunal do Júri de Taguatinga, para a concessão de habeas corpus é necessário que tenha havido “mudança fática” do processo, ou seja, provas que sejam capazes de afastar os motivos que levaram Ana Paula à prisão.
“Por mais que a representada, segundo o alegado pela defesa, ostente circunstâncias pessoais favoráveis, como bons antecedentes, residência fixa e profissão lícita, essas condições por si só não permitem que seja concedida liberdade provisória”, decidiu o juiz.
A suspeita também criava o irmão da vítima, de 5 anos. Responsável por entregar as crianças a Ana Paula, a mãe biológica afirmou à polícia que não tinha condições financeiras para criar os filhos. De acordo com o delegado-adjunto da 17ª DP (Taguatinga), Wellington Barros, o laudo prova que a criança já vinha sofrendo maus-tratos na casa.
“No dia 24 de dezembro, ela bateu na criança e arremessou ela do alto. [O bebê] ficou com graves hematomas, mas não chegou a óbito. No dia 26, ela bateu tanto na Alice com socos e chutes que ela apresentou vômito e convulsões. Quando o Samu chegou, a bebê já tinha morrido”, diz Barros.
No dia da morte, a mulher não foi presa em flagrante porque a causa da morte ainda era desconhecida. Apesar dos hematomas, a polícia preferiu aguardar o laudo do Instituto Médico Legal. Segundo o documento, o bebê de 11 meses morreu por traumatismo crânio-encefálico.