O vice-presidente Michel Temer quer, se assumir o mandato, uma equipe econômica focada no ajuste fiscal e, por isso, os nomes estudados para o segundo escalão são de economistas reconhecidos como fortes na área, como Mansueto de Almeida, cotado para o Tesouro.
O provável ministro da Fazenda Henrique Meirelles se reuniu com Temer e declarou que o maior desafio será restaurar a confiança. O vice está com dificuldades de diminuir o número de ministérios pela pressão da base parlamentar. Ele pensa em propor a suspensão do recesso para votar medidas econômicas e apressar o julgamento definitivo do impeachment.
Estas são as notícias que estão nas manchetes dos principais jornais deste sábado (30). No Globo: “Temer monta equipe com foco no ajuste fiscal”. Dilma, por sua vez, diz o jornal, está preparando um pacote de aumentos de gastos para ser anunciado em breve.
Na Folha de S. Paulo: “Temer reduz meta de cortar ministérios”. Queria cortar para 22 e já está em 26, mas o número não é o suficiente para acomodar todos os partidos que o apoiam. No Estado de S. Paulo: “Temer tenta cancelar recesso para antecipar impeachment”.
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE) deve assumir a Defesa, diz o Estadão. Os jornais dão como certo o senador José Serra (PSDB-SP) no Ministério das Relações Exteriores.
Os ministros da Agricultura, Kátia Abreu, da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Advocacia Geral da União, José Eduardo Cardozo, foram ao Senado defender a presidente Dilma.
Cardozo disse que pedirá a nulidade do processo, entre outras razões, porque o tucano Antonio Anastasia (PSDB-MG) não poderia ser o relator do processo, já que é tucano e o pedido de impeachment na Câmara foi realizado po um filiado do partido.
O marqueteiro do ex-presidente Lula (2006) e da presidente Dilma (2010 e 2014) João Santana passou a ser réu da Operação Lava Jato, porque o juiz Sérgio Moro aceitou a denúncia e abriu ação penal contra ele e a mulher Monica Moura.
Pela primeira vez, as contas do governo têm déficit no começo do ano. O IBGE divulgou o desemprego até março: já chegou a 11 milhões de pessoas, a taxa é de 10,9%. O dólar caiu mais com a expectativa do novo governo e fechou em R$ 3.44.
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu nova investigação sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o futuro ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR).