segunda-feira, 24/02/25
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Tadeu Filippelli recebeu propina de fundador da Gol, diz Funaro em delação

Ex-vice-governador do DF teria recebido propina de Henrique Constantino, um dos fundadores da Gol, para reduzir imposto sobre peço de combustível. Delação do doleiro foi aceita pelo STF.

Tadeu Filipelli (PMDB), à direita, ex-vice-governador e atual assessor especial do presidente Michel Temer, chega à sede da Polícia Federal em Brasília após ser preso pela Polícia Federal na Operação Panatenaico (Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo)

O ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli foi citado no última delação do doleiro Lúcio Funaro como beneficiário de um esquema de propina envolvendo a companhia aéra Gol. O depoimento foi prestado à Procuradoria-Geral da República e homologado pelo Supremo Tribunal Federal.

Segundo Funaro, Filippelli recebeu propina de um dos donos da companhia aérea Gol em 2013, Henrique Constantino – filho do empresário Nenê Constantino, condenado a 16 anos de prisão por homicídio de um líder comunitário –, para reduzir o imposto cobrado sobre o combustível usado na aviação.

“Os negócios que tiveram pagamento de propina para Filippelli envolviam um esquema de pagamento de propina para a redução do ICMS da gasolina de aviação a pedido do Henrique Constatino”, disse o doleiro.

Avião da Gol Linhas Aéreas sobrevoa a Cordileira dos Andes, no Chile (Foto: Luciano Calafiori/G1)
Avião da Gol Linhas Aéreas sobrevoa a Cordileira dos Andes, no Chile (Foto: Luciano Calafiori/G1)

Em abril de 2013, quando Filippelli assumia a cadeira de vice-governador, o governo do DF reduziu a alíquota do ICMS sobre a querosene usada em aviões em mais da metade – de 25% para 12%. Segundo Funaro, a ação do então vice teve impacto “expressivo” no caixa das empresas aéreas, porque “o combustível é o segundo maior custo”.

No céu e na terra

Os favorecimentos também ocorreram no âmbito dos transportes terrestes. De acordo com a delação de Funaro, Filippelli também beneficiou a empresa de ônibus Via Piracicabana, que também pertence à família Constantino.

O então vice-governador teria fraudado a licitação do GDF para trocar a frota de ônibus da capital em 2013. “A pedido também de [Henrique] Constantino, através de Eduardo Cunha, Filippelli atuou num esquema na licitação para troca da empresa de ônibus que fazia o transporte coletivo de Brasília”, disse Funaro em depoimento à PGR.

“Que não havia interessados na concorrência e Filippelli concordou em beneficiar unicamente a empresa de Henrique Constantino.”

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