Bolsonaro chega ao quarto ano sem cumprir promessa de campanha. Também não há aumento nas deduções permitidas, como dependentes ou educação
O quarto ano de mandato do governo Bolsonaro começará sem o cumprimento de uma das principais promessas de campanha em 2018: corrigir a tabela do isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).
A proposta de reforma tributária travou no Senado e a expectativa de correção via Medida Provisória também não ocorreu. Com isso, serão sete anos sem reajuste nas faixas de tributação. Também não há aumento nas deduções permitidas, como dependentes ou educação.
Cálculos da Unafisco Nacional, de acordo com o Uol, apontam que a defasagem da tabela afetará 15,1 milhões de pessoas de menor renda em 2022.
Ainda segundo o estudo, a Receita Federal deve arrecadar em 2022 R$ 149 bilhões acima do que seria devido em razão da defasagem.
O senador Ângelo Coronel (PSD-BA), relator da reforma do Imposto de Renda no Senado, disse que vai dar mais celeridade ao tema no ano que vem, a partir de fevereiro.
No último dia 15, ele apresentou um projeto que prevê o aumento da isenção para R$ 3.300. Se for aprovado, dos 32 milhões de contribuintes cerca de 20 milhões ficarão isentos.