As decisões do STJ corrigindo o que se fez a Ricardo Coutinho na Paraíba não são apenas a aplicação do Direito pelos ministros daquela Corte Superior. É, também, o reconhecimento de que Ricardo Coutinho foi e está sendo vitima de sucessivas injustiças, de verdadeiros massacres, de uma violência sem limites.
O primeiro reconhecimento se deu com o relaxamento daquela prisão espetaculosa e desnecessária no dizer do próprio ministro Napoleão Maia.
Continuou com a determinação, pelo Supremo, para a retirada da tornozeleira eletrônica que comumente se coloca nas canelas de perigosos bandidos para evitar possíveis fugas.
E hoje os ministros baniram o castigo que obrigava o ex-governador a dormir cedo e não sair de casa depois das badaladas noturnas da Ave Maria.
Não sei como Ricardo ainda se mantém de pé.
Inverteram-se os trâmites judiciais para jogar na lama o nome de um homem que cometeu o pecado de governar bem, cuidar bem do seu povo e transformar esse Estado num canteiro de obras.
Chamaram de ladrão uma pessoa que desde o início da sua carreira política mantém o mesmo padrão de vida.
Disseram que ele roubou milhões, mas ninguém mostra onde está o dinheiro roubado.
E no ar ficou a dúvida que ninguém esclarece: Se esse roubou tanto, como sobrou dinheiro para tanto fazer?
E os outros que nada fizeram antes dele , por que não são apontados, também, como ladrões?
Essa conta não bate na hora dos noves foras.
E mesmo se batesse, o certo seria apurar primeiro e, encontrando provas, condenar.
Mas aqui se condenou antes, se massacrou antes, se jogou na lama a reputação de um cidadão antes mesmo dele ser chamado a juízo para oferecer a sua versão.
O STJ, em boa hora, começa a botar ordem na casa.
Espera-se que não fique só nisso.
Mesmo reconhecendo que o estrago foi grande, pior seria se os chamados tribunais superiores se omitissem ou referendassem esse absurdo.
*Fonte: Blog Tião Lucena