O governo de São Paulo pediu para presidente Dilma Rousseff que sete das oito obras previstas para solucionar a escassez de água no abastecimento da macrorregião de São Paulo e Campinas sejam incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
“Desse modo, poderíamos nos beneficiar do Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para acelerar a conclusão das obras”, disse nesta segunda-feira o secretário do Planejamento de São Paulo Júlio Semeghini, depois de uma reunião de três horas com as ministras do Planejamento, Miriam Belchior, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em Brasília.
Poderão entrar no PAC os projetos de interligação dos reservatórios Atibainha e Jaguari, as estações de produção de água de reúso Sul de São Paulo e Barueri, interligação dos reservatórios Jaguari com o Atibaia, poços artesianos no aquífero Guarani e interligação do Rio Grande com o Guarapiranga.
De fora ficaria a obra da reserva de Pedreiras, em Campinas, e Duas pontes, no município de Amparo. Os projetos preveem investimentos de R$ 3,5 bilhões, de acordo com o governador Geraldo Alckmin, que os entregou à presidente Dilma Rousseff no dia 10. Semeghini disse que as obras deverão ficar prontas em 12, 24 e 36 meses.
Também depois da reunião em seu gabinete, a ministra Miriam Belchior prometeu que o governo federal tomará uma decisão, ao menos parcial, sobre a ajuda nas obras necessárias para equacionar os problemas de desabastecimento de água em São Paulo até a próxima semana.
A ministra informou ainda que na quinta-feira técnicos do governo federal e do governo paulista vão se reunir para “destrinchar o detalhamento das propostas”. Hoje e amanhã os técnicos do governo federal vão analisar as planilhas e se preparar para a reunião de quinta.