O governador João Doria (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (20) que os professores da rede estadual paulista são bem pagos, mas que São Paulo “não remunera professores para ficarem em casa tomando suco de laranja e sendo preguiçosos”.
A declaração foi feita em visita do governador à região de Presidente Prudente, no interior do estado, horas antes de sua gestão anunciar reajuste à categoria. Em seu trajeto, ele passou por protestos de docentes da rede estadual reivindicando melhores salários.
Ele afirmou a jornais locais: “Os professores estão sendo sim bem remunerados, mas remunerados de acordo com a sua produtividade. São Paulo não remunera professores para ficarem em casa tomando suco de laranja e sendo preguiçosos. São Paulo remunera professores que trabalham, esses merecem remuneração, atenção e respeito.”
Abono de 12,84%
O governador anunciou nesta sexta-feira o pagamento de um abono de até 12,84% nos salários dos professores da rede estadual de São Paulo.
No total, 260,1 mil docentes ativos e inativos serão beneficiados. O pagamento será retroativo ao mês de janeiro e estará disponível a partir de março.
Com o pagamento do abono salarial, os profissionais passarão a receber uma remuneração que atende ao piso nacional para professores da educação básica estabelecido pela Lei do Piso (Lei nº 11.738/2008).
Os professores da categoria chamada PEB I (lecionam para os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental) que trabalham 40 horas semanais sairão de uma remuneração mensal de R$ 2.577,74 para R$ 2.886,24, valor do piso salarial.
Já o salário dos docentes da categoria PEB II (atendem alunos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio) saltará de R$ 2.585,01 para os mesmos R$ 2.886,24, previstos por lei.
Para garantir o benefício, o governo de São Paulo vai investir por ano R$ 590,6 milhões.