Agência orientou que uso do imunizante da Astrazeneca nesse grupo seja suspenso imediatamente. Veja a situação pelo país.
São Paulo e Rio de Janeiro – Os governos estaduais de São Paulo e do Rio de Janeiro adiaram a vacinação de grávidas. No caso da capital paulista, a imunização das gestantes com comorbidades começaria nesta terça-feira (11/5).
A decisão foi baseada na recomendação da Anvisa que orientou que a aplicação do imunizante AstraZeneca/Fiocruz neste grupo fosse imediatamente suspensa.
Com a recomendação da Anvisa, o secretário municipal da saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou que não há doses suficientes de Coronavac e Pfizer disponíveis para manter a vacinação deste grupo.
Contudo, o secretário informou que a vacinação das puérperas com comorbidades seguirá normalmente.
Em nota à imprensa, a secretaria paulista afirmou que “a suspensão será mantida até que ocorra uma nova orientação por meio do Programa Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde”.
“Novas orientações serão comunicadas após pareceres técnicos do Programa Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde e da Anvisa”, confirmou nota da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
No Rio, onde uma grávida desenvolveu trombose após receber uma dose da AstraZeneca, a medida de suspender a imunização também foi tomada. A interrupção do serviço para gestantes e puérperas (mulheres que deram à luz até 45 dias após o parto) foi confirmada pelo Governo do Estado, que, questionada, ainda não informou detalhes da situação nos 92 municípios fluminenses.
Na capital, de acordo com a Secretaria municipal de Saúde, nenhuma gestante deve ser vacinada no estado até que o Ministério da Saúde se manifeste e oriente o serviço para este público.
“Até que a investigação do caso de evento adverso em gestante seja finalizada pelo Ministério da Saúde e o Programa Nacional de Imunizações se pronuncie, por precaução, a SMS suspende a vacinação de gestantes e purérperas no Município do Rio”, diz o texto.
Ainda na nota, a SMS garante que “desde o início da vacinação de gestantes, a pasta cumpre a orientação recomendada pela nota da Anvisa de ontem”.
Estados e prefeituras alteraram o esquema de vacinação de grávidas após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendar, na noite de segunda-feira (10), a suspensão imediata do uso do imunizante da Astrazenca nesse grupo de pessoas.
Veja a situação em cada localidade:
Acre
Alagoas
Amazonas
Goiás
Mato Grosso do Sul
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Sergipe
São Paulo
- Araraquara, Rio Claro e São Carlos
- Baixada Santista
- Birigui, Olímpia, Penápolis e Rio Preto
- Campinas
- Vale do Paraíba
De acordo com a pasta, a área técnica reavalia, agora, se a vacina deve continuar a ser aplicada em gestantes sem comorbidades.
Coágulos
A formação de coágulos sanguíneos foi incluída na bula da vacina AstraZeneca/Oxford como um dos possíveis efeitos colaterais do medicamento. Isso depois de casos de coágulos pós-vacina serem relatados às agências de saúde internacionais.
Eventos assim, no entanto, são considerados muito raros, quando comparados ao total de pessoas vacinadas com o imunizante.
Segundo as autoridades de saúde, os benefícios da imunização contra a Covid-19 – doença que já tirou a vida de 3.294.694 pessoas em todo o mundo no último ano,
de acordo com a Universidade Johns Hopkins – são superiores aos riscos, por isso a vacinação é recomendada.
Com Metrópoles e G1*