Segundo Hezbollah, 16 de seus membros foram mortos, incluindo o comandante de operações militares, Ibrahim Aqil, e outro comandante de alto escalão, Ahmed Wahbi.
Por g1
Imagem mostra destroços após ataque de Israel atingir subúrbio de Beirute, capital do Líbano — Foto: Anwar Amro/AFP
O número de mortos decorrentes do bombardeio israelense em Beirute, no Líbano, realizado na sexta-feira, subiu para 45, disse o Ministério da Saúde libanês neste domingo (22). O número vem sendo atualizado pelo órgão desde sexta.
Entre as vítimas, estão três crianças e sete mulheres. Segundo as agências, as mortes aconteceram em áreas no subúrbio de Beirute.
Trata-se do maior ataque ao Líbano desde o início da guerra na Faixa de Gaza –travada entre Israel e o grupo terrorista Hamas, aliado do Hezbollah–, segundo fontes do governo libanês. Em resposta, o Hezbollah disparou 150 foguetes contra o norte de Israel. Conheça o arsenal do Hezbollah.
A Reuters disse ainda que, segundo o Hezbollah, o ataque matou 16 de seus membros, incluindo o comandante sênior de operações militares do grupo, Ibrahim Aqil, e outro comandante de alto escalão, Ahmed Wahbi. Procurado pelo governo dos Estados Unidos, Aqil era o principal alvo do ataque, segundo Israel.
A troca de agressões entre Israel e Hezbollah se intensificou após as explosões de pagerse de walkie-talkies de membros do grupo no Líbano nesta semana. Ainda neste domingo (22), o grupo extremista libanês disparou cerca de 150 mísseis contra Israel, que respondeu bombardeando alvos no Líbano.
Neste sábado, ainda conforme a Reuters, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, país aliado do Hezbollah, afirmou neste sábado que Israel está cometendo crimes contra crianças, e não contra combatentes.
Tensões entre Israel e Líbano
Desde o início da guerra, o Exército israelense e o Hezbollah têm trocado ataques quase diários na fronteira de Israel com o Líbano. O grupo extremista apoia o Hamas, alvo de Israel na Faixa de Gaza. Ambos os grupos são financiados pelo Irã.
Os ataques de Israel no Líbano alvejam integrantes do Hezbollah, que não fazem parte do governo do Líbano. No entanto, Beirute condenou os bombardeios. O primeiro-ministro libanês disse que o episódio desta sexta mostrou que Israel “não se importa com nenhuma questão humanitária, moral ou legal”.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que as ações militares israelenses no Líbano continuarão “até o nosso objetivo final, o regresso seguro dos moradores do norte às suas casas”. Eles foram removidos pelo governo por segurança após o aumento das tensões com o Hezbollah, após o início da guerra em Gaza.
O grupo extremista culpa Israel pela série de explosões de pagers e “walkie-talkies” de membros do Hezbollah entre terça (17) e quarta-feira (18) que mataram 37 pessoas e deixaram mais de três mil feridos no Líbano, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Israel não se não se pronunciou, mas, um dia após as explosões, anunciou que estava transferindo o foco de suas ações militares para o norte do país, perto da fronteira com o sul do Líbano.