Hotéis, farmácias, mercados e condomínios são alguns espaços que podem fazer parte da iniciativa. Funcionários serão capacitados; vítimas poderão pedir ajuda mostrando “X” na palma da mão.
O governo do Distrito Federal começou a cadastrar, nesta semana, estabelecimentos que poderão ser usados como pontos de denúncia para mulheres vítimas de violência. Nos locais, a pessoa poderá pedir ajuda mostrando o desenho de um “X” na palma da mão.
A ação faz parte da campanha “Sinal Vermelho”, lançada última terça-feira (16). Hotéis, farmácias, mercados e condomínios são alguns dos espaços que podem fazer parte da iniciativa.
Para participar, é preciso que os donos dos locais, ou entidades representativas, enviem o pedido para o e-mail: sinalvermelho@mulher.df.gov.br. Após o cadastro, os funcionários dos estabelecimentos serão capacitados sobre como agir caso uma mulher peça ajuda (saiba mais abaixo).
“É importante que os estabelecimentos comerciais se engajem e participem, visto que essa campanha faz parte de uma luta da sociedade”, diz a secretária da Mulher, Ericka Filippelli.
‘X’ na mão
Em novembro de 2020, o governo do Distrito Federal institui, com a Lei nº 6.713, o desenho do ‘X’ na mão como marca para que mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar possam pedir socorro, de modo discreto, em órgãos públicos e comércios de Brasília.
Antes, o código era usado apenas em farmácias cadastradas na campanha “Sinal Vermelho” – uma ação criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), em junho de 2020.
Com a nova lei, o DF passou a contar com o programa Cooperação e Código Sinal Vermelho. A norma prevê que atendentes dos estabelecimentos coletem o nome e o endereço da vítima, prestem apoio e entrem em contato com as autoridades policiais.
“A campanha busca alcançar as mulheres que não conseguem chegar até as delegacias ou fazer o registro on-line para denunciar que estão em uma situação de vulnerabilidade extrema”, diz Adriana Romana, delegada-chefe da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM).
Por G1 DF