Miguel Lucena
As corregedorias precisam se ligar nos sinais exteriores de riqueza de alguns servidores públicos. Não é tão difícil notar, porquanto a maioria tem revelado, nos últimos tempos, sinais exteriores de pobreza.
Há, no serviço público, uma cultura de reação. Se ninguém chegar lá e sacudir, fica por isso mesmo.
Um servidor que ganha R$ 8 mil não pode aparecer com um e mais porshes, que variam de R$ 700 mil a R$ 1 milhão, como o fazia um sargento preso hoje pela Polícia Civil do Distrito Federal, sem que ninguém questione a procedência dos bens.
As corregedorias ficam muito tempo ocupadas com pequenas infrações disciplinares – subordinado que resmungou para superior, farda amassada, atrasos e faltas -, mas é só a área de Inteligência dos órgãos correcionais pesquisar em fontes abertas que verá um bocado de gente se mostrando com dinheiro de subterfúgios.