Até as 15h desta quinta-feira (6/5), maioria, por pequena margem, é a favor da utilização de cédulas físicas
O Senado Federal abriu uma consulta pública para ouvir a opinião da população a respeito da adesão do voto impresso em todas as urnas no próximo processo eleitoral.
Até as 15h desta quinta-feira (6/5), mais de 255 mil pessoas haviam votado. Para votar, basta acessar o site da Casa Legislativa (clique aqui).
O resultado parcial do portal revela um equilíbrio entre as manifestações a favor e contra a proposição, com pequena margem de maioria para o apoio ao voto impresso (134,5 mil); 122 mil brasileiros são contra a medida até agora.
O debate sobre o retorno à utilização das cédulas físicas é polêmico e levanta reações de todo o Parlamento. Recentemente, a comissão da reforma eleitoral de 2022 da Câmara dos Deputados rejeitou a implementação do uso do voto impresso em 2022.
O grupo atuou na elaboração de proposições e sugestões para serem aplicadas no texto da matéria. Todas as ideias discutidas pela comissão, em conjunto com a Abradep, foram consolidadas e entregues à relatora da reforma na Câmara, a deputada Margarete Coelho (PP-PI).
Ao Metrópoles, o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, um dos integrantes desta comissão, afirmou que a modalidade teve ampla rejeição da maioria dos integrantes.
Discussão ganhou força nos EUA
A discussão do voto impresso no Brasil ganhou força após as eleições presidenciais dos Estados Unidos. Apoiador de Donald Trump, Bolsonaro tomou as dores do ex-presidente republicano e questionou a legalidade do resultado da disputa, que terminou com Joe Biden eleito.
Na ocasião, Bolsonaro afirmou a apoiadores que a crise observada nas eleições dos EUA ocorrera devido à falta de confiança da população no voto. O chefe do Executivo nacional também afirmou que contestações sobre o resultado eleitoral poderão ser observadas no Brasil em 2022.
O presidente e seus apoiadores alegam que defendem o “voto auditável”, inspeção que seria permitida pela impressão dos votos de cada urna. No sistema atual, porém, já há auditorias sobre as urnas, retorquem críticos da medida.